quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pré-eclâmpsia (post preventivo)

Oi gente! Como vcs estão? E o feriado?

Lá estava eu no site da Revista Crescer, e achei essa matéria bem interessante. Na gestação do Felipe eu não cheguei a ter eclâmpsia mas os problemas que ele teve foram decorrentes da minha hipertensão, então achei correto dividir com vcs aqui um assunto que me preocupa bastante. Segue pra vcs...


pré-eclâmpsia é uma das doenças mais perigosas que podem afetar a gravidez. É caracterizad a por aumento de pressão arterial, por inchaços e perda de proteína na urina. Tudo isso pode prejudicar o funcionamento da placenta e, assim, afetar a passagem de nutrientes para o bebê. Agora, um grupo de pesquisadores desenvolveu uma tecnologia capaz de prever o risco desse problema ainda no início da gravidez, antes da manifestação de qualquer sintoma. A descoberta foi divulgada na edição de setembro no jornal científico Hypertension: Journal of the American Heart Association

Por meio de uma análise do plasma sanguíneo, os cientistas identificaram 14 substâncias presentes na corrente sanguinea (chamadas de metabólitos) que podem indicar se a mulher é suscetível a desenvolver a doença. O exame foi realizado por volta da 15ª semana de gestação. O desafio, agora, é simplificar essa tecnologia, tornando-a barata e possível de ser aplicada em hospitais. “Nos próximos cinco anos, nosso objetivo é desenvolver um simples exame de sangue”, afirmou Phil Baker, cientista da Universidade de Alberta, no Canadá, e um dos responsáveis pelo estudo. "Para desenvolver tratamento eficaz e estratégias de prevenção - nosso objetivo final - precisamos começar o tratamento logo no início da gravidez", completa Louise C. Kenny, professora de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade College Cork, da Irlanda. 
De olho na pressão arterial

Medir a pressão é um dos exames mais importantes do pré-natal. A gestante que apresenta várias vezes a pressão mais elevada do que antes da gravidez, ou que sempre teve pressão alta, inspira cuidados. Sem um controle rigoroso, fica sujeita a duas complicações: a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, que é o agravamento do problema, com a ocorrência de convulsões. Os médicos não sabem explicar essa relação de causa e efeito, nem por que uma pessoa com níveis normais de pressão, ao ficar grávida, passe a sofrer de hipertensão. Mulheres acima de 35 anos, com sobrepeso, problemas renais e fumantes estão entre o grupo de maior risco. 

A eclâmpsia coloca em risco a oxigenação de órgãos da mãe e da criança e pode levá-los à morte, obrigando muitas vezes ao parto prematuro. “Por isso é tão importante o médico conhecer o histórico da pressão. A gravidez pode desencadear a hipertensão em mulheres com tendência ao problema”, diz o obstetra Wladimir Taborda.
Cuidados básicos e alimentação equilibrada
A grávida com pressão alta deve passar mais vezes ao médico do que a quantidade de consultas realizadas em um pré-natal. É preciso fazer exercícios físicos e repousos em cada período do dia, que contribuem para a melhor oxigenação e circulação sanguínea.Em alguns casos, é necessário o uso de medicamentos, situação mais comum entre as gestantes com hipertensão crônica. “Elas têm quatro a sete vezes mais chance de desenvolver a pré-eclâmpsia na gravidez”, diz o cardiologista Ivan Cordovil. A soma das duas hipertensões — da crônica e da pré-eclâmpsia (que a elevação de pressão em qualquer gestante pode provocar) — compõe o quadro de maior risco. 
O controle da alimentação é fundamental, diminuindo gorduras e sal da comida e incluindo fibras. Além de ajudarem no bom funcionamento do intestino, evitando a prisão de ventre,  um estudo realizado no Hospital de Seattle, nos Estados Unidos, sugere que consumir, no mínimo, 21 gramas de fibras (equivalente a três refeições) por dia, reduz em até 51% as chances de as grávidas desenvolverem a pré-eclâmpsia.
Para Ioná Zalcman, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), por controlar os níveis de açúcar no sangue, as fibras são curingas da alimentação saudável. "Elas ajudam a regularizar todo o organismo, mas agem principalmente no intestino. O excesso de alimento não saudável no estômago, como as frituras, facilita o desenvolvimento da doença. Por isso, ao eliminar as impurezas, a pré-eclâmpsia também pode ser evitada", diz. Para garantir que você está comendo a quantidade certa de fibras, o ideal é que as saladas, frutas e cereais integrais estejam presentes nas refeições diárias. As fibras ajudam a evitar, ainda, o surgimento de outras complicações, como o diabetes gestacional e o aumento do colesterol.
Onde estão as fibras
- Cereais, pães e biscoitos integrais;

- Leguminosas frescas e secas: Feijão, grão de bico, lentilhas; 

- Frutas: Laranja, mamão, pêra, uva, figo, ameixa, abacaxi e banana prata; 

- Sementes oleaginosas: Nozes, avelãs, amêndoas, castanhas, amendoins, pistache; 

- Verduras: Alface, acelga, agrião, escarola, espinafre, repolho, cenoura, brócolis, pimentão; 

- Frutas secas: Uva passa, figo, ameixa e damasco; 

- Granola e aveia
 
Gravidez anterior também traz proteção
Se você tem medo de ter pré-eclâmpsia na sua próxima gravidez, uma boa notícia. Mães que já tiveram filhos ou sofreram abortos espontâneos têm um risco menor de apresentar a doença na próxima gravidez. Essa é a constatação de um estudo realizado pelo Norwegian Institute of Public Health (NIPH). Foram analisadas 20.846 mulheres, todas mães pela primeira vez, sendo que algumas já tinham sofrido abortos. Os resultados sugerem que a cada gravidez normal, mesmo que ela termine antes do nascimento, a mulher ganha uma proteção contra a pré-eclâmpsia. 

Segundo José Carlos Sadalla, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês (SP), uma das explicações é o fato de a pré-eclâmpsia ser uma resposta imunológica do corpo da mulher aos antígenos do pai, o que acarreta em alterações na placenta. E, com a gravidez, ela perde essa sensibilidade, caindo 50% ou mais o risco do problema acontecer em uma próxima gestação. Mas isso só se o pai for o mesmo. “Se a gravidez for de outro parceiro, os antígenos são novos e há chance de a pré-eclâmpsia acontecer mesmo em uma segund
a gestação”, afirma Sadalla. 

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